Foto: Agência Santarém/Divulgação

A obra musical do violonista paraense Sebastião Tapajós foi reconhecida como manifestação da cultura nacional nesta segunda-feira (29). A Lei Nº 15.319 foi sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), com assinatura da ministra Margareth Menezes (Cultura).

Natural de Alenquer, no oeste do Pará, o artista nascido em 1943 é um dos músicos brasileiros mais consagrados no Brasil e em países europeus, com mais de 50 discos lançados, revelando ao público internacional ritmos diversos como baião, carimbó e lundu, de raízes nordestina, indígena e afro-brasileira.

O legado de Sebastião Tapajós é marcado por uma trajetória que atravessou décadas, com um repertório que mesclou a música erudita e a popular – além de ter realizado várias parcerias com artistas nacionais e internacionais. Uma das mais conhecidas é a colaboração com Paulino da Viola e Maria Bethânia, em uma turnê pela Europa, que culminou no álbum Nova Bossa Nova, lançado em 1972.

Formado no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, o violonista também estudou na Espanha, foi pesquisador, educador e um grande difusor cultural, com envolvimento em projetos sociais e pedagógicos voltados à formação de jovens músicos na Amazônia.

Sebastião faleceu em outubro de 2021, aos 71 anos, em decorrência de um infarto. O hospital onde ele morreu fica em frente ao Rio Tapajós – lugar que tanto amou e onde ele costumava afirmar que gostaria de partir.

Por Isabella Cordeiro