Foto: Vinicius Pinto / Agência Pará

Após Belém sediar a COP-30, as atenções voltaram-se para as iniciativas amazônicas que dialogam com os debates globais sobre clima e desenvolvimento sustentável. Entre elas, destaca-se o Projeto TIPITIX, em Barcarena, que tem valorizado a culinária tradicional, fortalecido a agricultura familiar e impulsionado empreendedores locais com apoio do setor mineral.

Criado pelo Fundo de Sustentabilidade Hydro, o TIPITIX funciona como uma unidade de beneficiamento de alimentos que conecta tradição, tecnologia e geração de renda.

Saberes tradicionais que geram renda

Uma das participantes do projeto é Natalina de Jesus, agricultora familiar e produtora da Geleia Açucena.
Além de ampliar a renda de famílias ribeirinhas e extrativistas, o projeto resgata técnicas tradicionais de cultivo e preparo, reforçando a importância da culinária amazônica como prática sustentável, tema que ganhou força durante a COP-30.

O papel do setor mineral no desenvolvimento local

Segundo Milene Maués, gerente de parcerias do Fundo Hydro, iniciativas como o TIPITIX mostram como empresas e comunidades podem construir juntos soluções duradouras. Além do apoio ao projeto, a Hydro também investe na produção de alumínio de baixo carbono e em iniciativas de economia circular — fundamentais para a transição energética discutida na conferência.

Soluções baseadas na natureza e legado da COP-30

Para o professor Everton Ruggeri, docente da Universidade da Amazônia e vice-presidente do CREA-Pará, o TIPITIX é um exemplo prático de solução baseada na natureza — conceito defendido por especialistas durante e após a COP-30.

Mesmo após a COP-30, a Amazônia mantém seu protagonismo ao mostrar que parte das soluções climáticas que o mundo procura já está presente na rotina de comunidades tradicionais, agricultores familiares e iniciativas que respeitam o território.

No TIPITIX, cada preparo conta uma história e cada empreendedor carrega um pedaço da floresta. Entre tradição, ciência e responsabilidade compartilhada, o projeto reafirma que desenvolvimento sustentável é possível, e que ele começa pelas pessoas.

Aluno de Jornalismo Unama: Caio Brandão
Supervisão: Jessé Santa Brígida – Coordenador do Curso de Jornalismo Unama