Mães empreendedoras chegam a 77% no Pará

De acordo com pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (SEBRAE), 77% das mães ganharam espaço no empreendedorismo, mas 72% das donas de pequenas empresas no estado, precisam conciliar a vida empresarial, maternidade e tarefas domésticas.

A pesquisa também afirma que 82% das mulheres entrevistadas comentaram que a rotina de cuidar da casa e de um negócio pode sobrecarregá-las. A Produtora Rural e Chocolatier, Márcia Nóbrega, comenta que sempre teve o sonho de ter o próprio negócio, porém precisou adiar os planos de empreender, para cuidar em tempo integral da filha primogênita, que tem autismo e síndrome de down. márcia, atualmente está com 59 anos, é mãe de três filhos, voltou a trabalhar, e enxergou no empreendedorismo a oportunidade para conciliar maternidade e profissão.

O número de empreendedoras que gerenciam o próprio negócio no Pará aumentou em cerca de 37% em comparação aos anos de 2018 e 2023, segundo a junta comercial do Pará (JUCEPA). São mais de 179 mil empresas em atividades registradas durante o período. Márcia Nóbrega explica como é a rotina de trabalho dela.

A chocolatier comenta que o empreendedorismo foi o ponto de partida para a mudança na vida dela e da filha primogênita, que hoje em dia tem 35 anos e também é empreendedora. Ela também ressalta que primeiro buscou fortalecer o negócio da filha, e só depois abriu a própria empresa. De acordo com pesquisa feita pelo SEBRAE, as mulheres empreendedoras paraenses gastam duas vezes mais tempo diário em cuidados com pessoas da família e afazeres domésticos, com atividades superior a 3 horas diárias. Para os homens paraenses as mesmas tarefas são de aproximadamente uma hora e meia. Em relação ao preconceito de gênero, 13% das mulheres afirmaram ter sofrido preconceito por ser mulher e estar em um negócio.

A empreendedora Tatira Fernandes trabalha com acessórios femininos feitos com a intenção de aumentar a autoestima das mulheres. Ela comenta como começou esse trabalho.

Tatira Fernandes também diz que para conciliar empreendedorismo e maternidade é necessário o apoio de uma boa equipe. Para a empreendedora Giselle Souza, o maior desafio em conciliar o empreendedorismo e a maternidade, é a sobrecarga imposta para as mães.

Segundo dados da comunidade SEBRAE, 82% das mulheres brasileiras empreendem por necessidade, 69% empreendem para fazer diferença no mundo. Em 50% das mulheres donas de negócios, 28% estão nos setores de serviços, com destaque nos setores de alojamento, alimentação e comércio. Confira:

Reportagem de Gaby Nogueira, aluna de jornalismo da Unama, com supervisão de Matheus Mascarenhas

Publicado por Redação

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