Plano Real, Estratégia Econômica Que Tirou o Brasil da Hiperinflação, Completa 30 Anos

A estratégia econômica foi responsável pela substituição da moeda Cruzeiro Real, que era corroída pela hiperinflação, e deu lugar ao Real, que estabilizou a economia brasileira.

Em meio a tantos indexadores, uma taxa de referência usada para acompanhar o desempenho da economia, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um “super indexador”: a Unidade Real de Valor.

Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em Cruzeiros Reais e em Unidade Real de Valor, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. A diferença entre as duas moedas era evidente, um Real valia uma Unidade Real de Valor, que, por sua vez, valia 2.750 Cruzeiros Reais.

O professor do curso de Relações Internacionais da UNAMA Alcindo Cacela, Mário Tito, destaca qual foi o motivo para o Plano Real ter sido tão bem-sucedido no Brasil.

O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deve apenas à Unidade Real de Valor. Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que sanassem as contas públicas. Uma delas foi a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do orçamento ainda no segundo semestre de 1993.

O Plano Real também trouxe fatores negativos para o Brasil. O professor Mário Tito enumera e comenta quais aspectos negativos o Plano Real trouxe.

Um dos fundadores do Plano Real foi o economista Edmar Bacha, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. No início do governo Fernando Henrique, ele disse que o objetivo do plano era fundamentalmente acabar com a hiperinflação. 

Segundo ele, outras melhorias econômicas, como o aumento do poder de compra, vieram depois. Confira:

Reportagem de David Martínez, aluno de jornalismo da Unama, com a supervisão de Matheus Mascarenhas

Publicado por redação

Foto: Divulgação (UOL)