Autor: Tatiane Monteiro / Publicado em: sexta-feira , 23/08/2024 - 05:08
Vamos a 360 nas notícias do mundo, Giro Internacional com Mário Tito. Três fatos importantes marcaram a semana no âmbito internacional.
O primeiro deles se refere à contra ofensiva da Ucrânia na guerra com a Rússia. Na verdade, era já de se esperar diante do aumento da ajuda dos Estados Unidos e do envio de armas da OTAN para aquele país.
A estratégia é de atacar a Rússia em seu território, por isso algumas cidades foram atacadas e, de alguma forma, ensejando que a Rússia pudesse reagir de maneira mais forte. Isso significa que o conflito está longe de acabar e algumas imagens importantes como a destruição de partes de algumas cidades russas e, ao mesmo tempo, o ataque da Rússia ainda mais forte, as cidades de Dombes, na Ucrânia, mostram, acima de tudo, que a lógica do conflito e da guerra está vencendo. Diante da necessidade de paz.
Nesse sentido também é importante destacar que os moradores de Kiev, a capital da Ucrânia, têm muito receio de que a resposta russa vá sobre essa cidade que até agora tem sido poupada dos ataques de Vladimir Putin.
É de se esperar de alguma forma que se possa chegar a um consenso, mas nesse momento as esperanças são muito pequenas de que o conflito venha a arrefecer e a diplomacia vença. O segundo ponto importante destaca-se no âmbito econômico, a notícia de que 154 países do mundo estão decididos a apoiar os países dos BRICs a não usar mais o dólar como moeda internacional e sim fazer transações econômicas ou em uma outra moeda única, ou então em suas próprias moedas.
Para o nosso ouvinte entender, desde a Segunda Guerra Mundial foi definido que o dólar seria a moeda internacional. Econômicas no mundo seriam feitos a partir do dólar. No entanto, com a crise no mundo estabelecida, inclusive por conta do poderio norte-americano que vem decaindo a ascensão da China, os BRICs têm decidido fazer entre si comercialização de produtos e de serviços através das moedas desses próprios países.
Essa ideia, de fato, tem agradado muitos países e isso faz com que haja um processo de desdolarização no mundo, o que no cenário futuro pode gerar uma crise ainda maior nos Estados Unidos. Um terceiro aspecto se refere aos Estados Unidos, em especial a questão das eleições presidenciais.
Nesta semana, houve a reunião geral do partido democrata que consolidou a candidatura de Kamala Harris com seu vice Waltz para concorrer à presidência dos Estados Unidos e as pesquisas eleitorais naquele país mostram que a troca de saída.
Ainda Joe Biden entrando o Kamala Harris deu um novo fôlego à campanha eleitoral dos democratas e fez com que a vantagem de Donald Trump sobre Joe Biden que era muito grande não só diminuísse como também a Kamala Harris aparece na preferência do eleitorado dos Estados Unidos. É importante entender que nem só as eleições dos Estados Unidos são importantes, todas no mundo inteiro podem ser acompanhadas.
Porém a dos Estados Unidos é muito bom que se acompanhe exatamente porque as decisões de política externa de um candidato ou de outro reverberam em todos os países do mundo, em especial no Brasil. Professor Mário Tito Meda para a Rádio Unama.
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