Foi realizado, nesta sexta-feira (21), o painel “Indústria da beleza, bioeconomia e juventude”, em meio à 30ª Conferência da ONU sobre o Clima (COP30), visando a proposta de soluções regenerativas no setor para a saúde humana, o meio ambiente e a bioeconomia da floresta.
Com a mediação de Michelle Sartorio, CEO e fundadora da AUÊ NATURAL – marca britânica de beleza regenerativa que utiliza bioativos amazônicos rastreáveis e sazonais, o evento começou por volta das 11h20 e reuniu empreendedores, cientistas e pesquisadores para um diálogo sobre a inclusão da saúde humana no centro da agenda climática.
Michelle afirmou que a AUÊ NATURAL foi criada trazendo impacto em seu descritivo inicial e falou sobre a adoção de práticas sustentáveis no processo produtivo da empresa, desde a escolha dos fornecedores amazônicos até a implementação de uma cadeia de valores europeia. “Isso quer dizer que tudo o que a gente faz, na nossa cadeia de valor, na nossa comunicação, traz sustentabilidade no centro”, acrescentou.
Sobre a inclusão da biotecnologia no desenvolvimento de produtos regenerativos, o professor e pesquisador Alberdan Santos enfatizou que as novas tecnologias têm que ser utilizadas de modo que os impactos ambientais sejam minimizados, possibilitando às populações tradicionais a geração de recursos, obtenção e transformação de insumos.
“Dessa maneira a gente consegue construir uma cadeia produtiva, envolvendo a questão da floresta, das tecnologias, das transformações e agregando valores importantes para esses produtos”, afirmou.
A médica dermatologista e presidente da presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Sucursal (SBD-PA), Heliana Goés, participou do painel e ressaltou a importância do evento para a dermatologia, especialmente para o reconhecimento dos malefícios do consumo de certos produtos para a natureza e para os jovens.
Heliana apontou que a utilização de cosméticos com ingredientes sustentáveis beneficia a saúde humana, além de valorizar a cadeia produtiva. “É você utilizar um produto que você saiba que realmente não houve a destruição da floresta, que houve uma participação de uma indústria familiar, a indústria local, dos próprios moradores, os ribeirinhos locais”, descreveu.
O encontro também contou com a participação de Daniela Cunha, fundadora e CEO da marca Quri Natural Beauty, que destacou algumas soluções práticas para a substituição de ingredientes nocivos por produtos sustentáveis e com formulações mais limpas.
A empreendedora afirmou ser uma honra ter sido convidada para o painel por uma empresa internacional (AUÊ NATURAL), junto de especialistas no tema, principalmente pelo reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido no país. “Eu estou muito feliz e muito grata”, concluiu.

Por Isabella Cordeiro