Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Organizadores da COP30 afirmam que a recente reunião na ONU em setembro reacendeu o otimismo sobre os avanços climáticos, especialmente ao tema da remuneração a comunidades e proprietários que preservam áreas florestais.

Para o Brasil, e em especial para a Amazônia, essa ideia ganha peso simbólico e prático. Proteger a floresta pode significar ganhos diretos para quem vive no entorno. É o que explica a Ana Toni, diretora-executiva da trigésima conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em entrevista concedida à ONU News.

Ana Toni destaca a proposta de remunerar “quem está preservando a vegetação nativa, seja população indígena, seja proprietário privado”. Esse tipo de mecanismo será discutido de forma central da COP30 no Brasil.

Segundo Ana Toni, o evento será uma “COP da implementação”, concentrada em instrumentos financeiros concretos para viabilizar ações em campo. O Brasil planeja apresentar à comunidade internacional o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, com o objetivo de recompensar quem mantém florestas em pé.

No cenário amazônico, iniciativas desse tipo poderiam impulsionar a conservação ao valorizar economicamente a proteção do bioma. Para muitos moradores da região, significaria uma alternativa econômica real frente à exploração predatória dos recursos naturais. Resta observar como governos, investidores e comunidades vão se articular para transformar essas promessas em realidade durante o encontro em Belém, em novembro.

Thiago Barros. Rádio UNAMA FM. Para o Jornal 30 minutos.

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