Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A cúpula do clima da ONU, realizada de forma paralela à Assembleia Geral de setembro, foi apresentada como uma etapa estratégica para delinear o caminho até a COP30.

O Brasil, país anfitrião da COP30, aproveitou o momento para cobrar que mais nações formalizem compromissos climáticos consistentes, uma exigência para que o evento em Belém tenha potencial de negociação concreto.

Segundo a presidência da COP30, liderada por André Corrêa do Lago, o cenário exige que nações saiam do discurso e assumam metas ambiciosas. André do Lago destaca a cobrança brasileira para que países ainda reticentes apresentem ou aprimorem seus compromissos climáticos, especialmente os emissores históricos.

O apelo ganha força diante das estatísticas: até agora, muitos países ainda não entregaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas – as NDCs – de forma revisada. Essas contribuições devem traduzir metas fortalecidas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e proteção de ecossistemas.

No caso do Brasil, sediar a COP30 cria uma pressão simbólica e diplomática adicional. Serão necessárias propostas relevantes para que o evento não fique limitado a discursos, mas resulte em pactos que inspirem governos vulneráveis e influenciem os maiores emissores do planeta.

O encontro em Belém pode servir como um ponto de virada: não apenas para o Brasil reafirmar seu protagonismo, mas para mobilizar a comunidade internacional, exigindo que mais países assinalem compromissos climáticos relevantes.

Thiago Barros. Rádio UNAMA FM. Para o Jornal 30 minutos.

Ouça a reportagem aqui