Foto: Siglia Souza

O uso de inteligência artificial tem contribuído nos estudos do comportamento reprodutivo do pirarucu (Arapaima gigas), peixe conhecido como o “gigante da Amazônia”. A pesquisa, realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), adapta técnicas utilizadas na análise comportamental de roedores para a realidade da aquicultura.

O foco é aumentar a previsibilidade da reprodução do maior peixe da região amazônica e dar espaço para a formação de novas aplicações tecnológicas na criação.

O uso de IA na piscicultura ainda é muito recente no Brasil. O professor Cleiton Aguiar, parceiro do projeto, aponta que é um tipo de abordagem de rastreamento comportamental que coloca o projeto em uma posição pioneira na integração tecnológica de ponta com a produção aquícola.

O rastreio automatizado dos movimentos do pirarucu em gravações ininterruptas de vídeos, por meio da inteligência artificial, permite a mensuração de comportamentos como deslocamento, interações e padrões ligados ao estado de saúde ou ao ambiente de cultivo.

Em vez de depender somente da observação humana, a inteligência artificial gera dados quantitativos, contínuos e padronizados, favorecendo o acompanhamento da produção e a tomada de decisões no manejo.

O uso de IA na aquicultura não se limita aos estudos sobre a reprodução do pirarucu, ampliando a pesquisa para outros tipos de abordagem científica sobre a espécie, como a influência da temperatura da água e da quantidade do oxigênio na respiração do peixe, além de fatores como atividade e alimentação.

O projeto é subsidiado com apoio do consórcio de pesquisa internacional Aquavitae, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantis (FAPT) e de emenda parlamentar do senador do Tocantis, Eduardo Gomes.

Por Isabella Cordeiro, com informações da Embrapa